terça-feira, 5 de junho de 2012

Com disco novo, Luan Santana se acha a última bolacha do pacote


É sempre a mesma conversa quando um artista lança trabalho inédito: "mostra o meu amadurecimento" é o grande clichê usado por cantores e com Luan Santana é assim também. O astro sertanejo fez uma série de entrevistas, inclusive para o R7 (ainda inédita), em que fala de seu CD recém-lançado, chamado Quando Chega a Noite.
E, como é normal, Luan está se achando a última bolacha do pacote. As músicas continuam as mesmas de sempre: aqueles refrões fáceis, amor daqui, amor dali, você de mim não sai e por aí afora. Nada de muito novo ou "adulto" apesar do dito "amadurecimento". Em suas entrevistas, o sertanejo até disse ser o responsável pela mudança recente do gênero. Ou seja, quando o sucesso sobe à cabeça ninguém segura.
Obviamente que Luan Santana não é o único e nem o principal responsável por este sertanejo que está mais para um brega bem do açucarado, pop sonolento ou alguma variação entre essas duas vertentes. Ele é mais um dos vários artistas do gênero que já vinha se fortalecendo há algum tempo. Luan é aquele tipo de artista que explode quando um estilo está mais do que maduro. Aí surge um cantor/cantora/banda que meio que se torna o representante da coisa toda. E logo atrás vem um séquito de clones/imitadores com é o caso de Gusttavo Lima, só para citar o caso mais famoso.
Mas a coisa não é bem como Santana pensa. Quem é mais velho vai se lembrar: nos anos 80 o RPM estourou com um sucesso absurdo. Mas dá para dizer que o grupo foi o responsável por todo o sucesso que o rock brasileiro teve naquela década? Não. Havia um monte de bandas, rádios especializadas, gravadoras investindo e um turbilhão sendo gerado. O RPM apenas catalizou isso e virou a maior banda de sua época. Mas não a melhor, nem a responsável por tudo o que aconteceu. Com Luan é a mesma coisa.
O cantor está cheio de si, o que é até normal. O sujeito é jovem, ganha milhões e é cortejado por toda a mídia. Mas um pouco de pés no chão é legal de vez em quando. As coisas não são sempre iguais e muita coisa que vai acaba voltando.

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